Falecimento de motorista e saída do treinador Paulo Cesar Teixeira foram alguns dos obstáculos que se levantaram
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PODE COMEMORAR! Após noites em claro, Brenner enfim comemorou o acesso. Foto: Gabriel Farias. |
A campanha de 13 vitórias em 14 jogos dá a entender que o Itaboraí teve facilidade na conquista do acesso à Série B Estadual, mas quem parar e analisar a trajetória com calma, vai ver que foi bem diferente. As dificuldades foram muitas. A primeira delas, dentro de campo, foi se manter na liderança, já que o Campos brigou pela ponta até a última rodada. Os outros percalços foram extracampos.
Primeiro os atletas foram pegos de surpresa com a saída do treinador Paulo Cesar Teixeira, logo após o jogo contra o Nova Cidade, pela segunda rodada do returno. Com problemas de saúde, Teixeira teve que se afastar do cargo por orientação médica. Poucos dias depois, mais uma pancada no lado emocional. O motorista do clube, seu Rubinho, figura muito querida entre jogadores e comissão técnica, faleceu.
Demonstrando grande equilíbrio emocional, o Itaboraí não se deixou abalar dentro das quatro linhas. No primeiro desafio após o momento mais crítico, veio a vitória sobre o Duque Caxiense, por 2 a 1, fora de casa. Era a prova de que a Águia seguiria seu voo na liderança.
– Tem muita coisa que envolve o futebol. Não é só chegar ali e jogar. Tem muita gente por de trás dos jogadores. O motorista, seu Rubinho, acabou falecendo. Ele tinha um amor tremendo por esse clube e no velório, as pessoas foram lá deixar sua mensagem para os familiares e ele estava com a camisa e bandeira do clube. Isso só nos motivou ainda mais. Teve a saída do Paulo, que tem tamanha proporção na conquista desse acesso – lembrou Brenner, antes auxiliar, e que assumiu o cargo de treinador na fase mais turbulenta,
Com acesso em mãos, noites de sono retornam
Brenner Antunes sabe o tamanho da responsabilidade que parou em suas mãos após a saída de Paulo Cesar Teixeira. Ele pegou o time com 100% de aproveitamento na fase de classificação, liderando o Grupo B desde a terceira rodada. Manter o Azulão com a melhor campanha foi algo que tirou o sono de Brenner, admite.
– Assumimos a equipe com muita responsabilidade. O Paulo nos deixou numa situação muito cômoda e se não conseguíssemos êxito, eu teria responsabilidade sobre isso, o que me deixaria muito mal. Esse período em que assumi o cargo, passei a não dormir direito por esse compromisso com a cidade e o time, mas no final deu tudo certo – completou Brenner, agora sem peso nas costas.
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