Thales Figueiredo tem cerca de 40 peças do alvirrubro da Zona Oeste, dentre as 160 peças de seu acervo
POR GABRIEL FARIAS
Jovem morador do bairro do Porto Velho, em São Gonçalo, Thales Zampirolli Figueiredo, de 21 anos, fez uma opção inusitada ao definir seu time do coração. Ao invés de escolher os gigantes do estado – caminho natural entre torcedores – optou pelo Bangu, time da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
E o amor de Thales pelo Bangu não fica limitado à arquibancada. A paixão já tomou conta de seu hobby, o colecionismo de camisas de futebol. Ao todo ele possui 160 peças dos mais diversos clubes – a maioria brasileiros e de médio porte -, sendo que o Bangu ocupa um quarto desse montante, com 40 blusas.

– Quando tinha cerca de 11 anos um amigo do meu pai me deu uma bola do Bangu. Me interessei e comecei a buscar notícias. Depois foi acontecendo naturalmente. Cada vez mais eu gostava do Bangu – relembra Thales.
Desde então o afeto pelo alvirrubro só cresceu, a ponto da busca por camisas se transformar em histórias para lá de curiosas. A primeira peça veio em 2008, numa viagem ao Espírito Santo. A partir daí só fez crescer, a ponto de apertar o espaço do seu quarto.
– Comprei a primeira camisa ocasionalmente. A fornecedora do clube era no Espírito Santo e eu estava lá. Tive a chance e comprei na fábrica. Acabou iniciando a coleção exclusiva do Bangu.
Adquirir camisas está longe de ser algo simples, até porque aquelas que são vendidas em lojas não possuem tanto valor. As que realmente despertam interesse são as mais raras, algumas até mesmo usadas por atletas em jogos oficiais.

– Eu vou em Bangu e fico olhando os senhores que ficam nos bares da região. Sempre tem alguém vestindo uma. Quando tenho a brecha, faço uma proposta. Nem sempre é fácil, mas dá resultado – conta Thales de maneira descontraída.
– Abordo sem nenhum problema. Se gosto da camisa ofereço o dinheiro na hora e começo a negociar – explica o gonçalense, dando dicas de como ser um bom negociador de camisas.
Todo cuidado é pouco
Para manter a coleção em bom estado Thales investe tempo também nos cuidados com as camisas. Lavá-las na máquina? Nem pensar. Dependendo do tecido, é necessária uma lavagem com mais cuidado, sempre à mão, é claro. De preferência, com bastante carinho.
O objetivo de Thales é se transformar no maior colecionador de camisas do Bangu. O próximo desafio rumo a esse objetivo é atingir a marca de 100 peças. Para isso vem adquirindo somente mantos do alvirrubro nos últimos meses.

– Passei a focar só nas camisas do Bangu. A meta é chegar em 100 peças – diz o torcedor que é conhecido no estádio de Moça Bonita por comparecer aos jogos com seu jogo de pratos, que fazem bastante barulho sempre que sai um gol alvirrubro.
– Quando o Bangu faz gol todos pedem para bater o prato. Torcer para time pequeno é muito diferente. A vitória tem mais sabor. Tudo tem mais graça – encerra o mais banguense dos gonçalenses.