Foi preciso paciência, mas a espera foi recompensada. Goleiro de inúmeras conquistas nas categorias de base de Botafogo, Fluminense e Madureira, Lucão, de 23 anos, esperou por três temporadas até finalmente, neste Campeonato Carioca, estrear entre os profissionais.

Pelo Madura, o gonçalense de Santa Catarina esteve em campo nas partidas contra Resende e Vasco, que fecharam a campanha do Tricolor Suburbano no Estadual. Agora que experimentou a sensação de atuar no time principal, o goleiro não deseja outra coisa.
– Trabalhei muito e tive paciência. Soube esperar minha oportunidade sempre respeitando os outros. E graças a Deus deu tudo certo. Fiz duas excelentes partidas. Goleiro é isso: quando não está jogando, é treinar como se estivesse. Eu estava muito ansioso para a partida contra o Resende porque vinha muito tempo sem jogar. Senti diferença, mas fui ganhando confiança e logo fiquei tranquilo – explica Lucão, que logo em seguida encarou o Vasco em São Januário.
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– Era um jogo em que a expectativa de todos os torcedores do Vasco apontavam para uma goleada, para um jogo fácil, mas o Madureira jogou muito bem e eu pude fazer uma excelente partida, com segurança, fazendo meu papel. Foi o jogo mais marcante da carreira até agora. Fiz grandes jogos na base, mas esse segundo no profissional foi marcante.
No Botafogo, início como goleiro
Lucão deu os primeiros passos no futebol atuando como jogador de linha. Tentou ser atacante e volante, mas recebeu um conselho valioso do pai ao se apresentar no Botafogo, com somente 10 anos: calçar as luvas e tentar uma nova função.

A partir do Alvinegro, encontrou o sucesso. Por lá, já no sub-20, ganhou Campeonato Carioca, Torneio OPG e Campeonato Brasileiro da categoria. Antes, passou pelo Fluminense, levantando taças do sub-11 ao sub-17. Quando chegou ao Madureira, teve a oportunidade de disputar a Copa São Paulo de Juniores, o mais popular torneio nacional de base.
– A Copa São Paulo foi um momento muito bom, marcante, já que fiz uma excelente competição. E me deu moral para subir aos profissionais – recorda o gonçalense, que na região Leste Fluminense atuou por escolinhas como a do Clube Mauá, Combinado 5 de Julho e CT Futebol Performance.
Irmão é conselheiro
Lucão tem no irmão Diogo uma excelente fonte de conselhos, já que o familiar também foi jogador de futebol – atualmente se dedicada à fisioterapia.
– Ajuda muito. Ele sempre está me dando conselhos, sempre me apoiando. Querendo ou não, viveu muita coisa, passou dificuldades e aprendo muito com ele. Tem muitos pontos positivos também. Vivenciei muita coisa junto dele, acompanhando a trajetória da base. Mesmo sendo muito novo, deu para aprender bastante coisa.
Sequência da temporada
Lucão teve que driblar a quarentena para se manter em forma. Em casa, sustentou a rotina de treinamentos que lhe permitiu apresentar boas atuações contra Resende e Vasco. Valorizado, aguarda um empréstimo para dar sequência em 2020, já que o Madureira não tem mais competições a disputar.

– Eu estava me preparando em casa, fazendo os trabalhos que a comissão tinha passado. Eu não sabia que iria ter a oportunidade, mas continuei treinando mesmo sem certeza.
– O Madureira está vendo algumas possibilidades de me emprestar. Não temos calendário para a sequência do ano e seria muito bom jogar. O clube entende a importância disso, de me dar sequência para voltar mais forte – encerrou.